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Localiza-se na freguesia de Alcobaça, cidade e concelho de mesmo nome, no distrito de Leiria, Centro de Portugal
As lendas locais atribuem a construção do primitivo castelo aos Visigodos, mas outros atribuem a sua edificação aos Muçulmanos que o terão edificado em posição dominante sobre a vila com nome de Alcácer-bem-el Abbaci que era o nome de uma porta cidade de Marrocos.
Na época da Reconquista cristã da Península Ibérica as terras da região de Alcobaça foram tomadas pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185) por volta de 1148 em que terão conquistado o castelo.
No período medieval, o concelho foi profundamente marcado pela presença da Ordem de Cister, depois de D. Afonso Henriques (1109-1185) conquistar as suas terras aos muçulmanos por volta de 1148, doando-às àquela Ordem em 1153 (ano da fundação do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça) constituindo os "Coutos de Alcobaça" acrescentados por doações régias e de outros fiéis.
A região foi atacada pelos mouros (1191-1195) e Sancho I de Portugal (1185-1211) conquistou a povoação e as suas terras, devolvendo-as aos monges de Cister.
O castelo foi reconstruído pela Ordem passando a integrar uma linha avançada da defesa de Lisboa, da qual faziam parte o Castelo de Leiria, o Castelo de Pombal e o Castelo de Óbidos.
No ano de 1369 o abade de Alcobaça, D. Frei João de Ornelas, procedeu ao reforço da defesa do castelo erguendo uma barbacã tendo-se ainda reedificado uma torre caída e o troço de muralhas voltado para o Mosteiro.
No século XV, sob o reinado de João I de Portugal (1357-1433), o castelo foi danificado pelo terramoto de 1422 tendo-lhe sido providenciados os reparos necessários no ano de 1424 (torre e muralhas).
No contexto da Dinastia Filipina têm lugar novas obras de reparo no castelo (1627), torre destacada a leste passa a ser utilizada como cadeia até ao terramoto de 1755 em que foi destruída.
Na primeira metade do século XIX, no reinado de Maria II de Portugal (1826-1828; 1834-1853) já sem função estratégica ou defensiva, o castelo passou para a posse da Câmara Municipal de Alcobaça utilizando-o como pedreira para novas construções em Alcobaça e foi considerado como extinto nas Atas da Câmara Municipal de (1854).
Nos meados do século XX, o castelo então abandonado procedeu-se ao aproveitamento da sua cisterna para o depósito de água potável a ser distribuída à população (1940).
Anos mais tarde procedeu-se à reconstrução parcial da muralha voltada para o Mosteiro, obras de limpeza do monumento e da sua área envolvente por ocasião da visita da rainha Isabel II do Reino Unido a Portugal quando visitou Alcobaça (1956), mas novos reparos foram efetuados em 1965.
As escavações arqueológicas realizadas no seu recinto num projeto de quatro anos iniciado em Agosto de 2002 com fundos municipais buscavam elucidar questões relativas à época e autoria da fundação do castelo.
Os trabalhos foram coordenados pelos arqueólogos Jorge António e Manuela Pereira à frente de um grupo de voluntários e alguns trabalhadores da autarquia.
O Castelo de Alcobaça (ruínas) com cota de 69 metros, apresenta planta irregular orgânica nos estilos românico e gótico, subsistem os muros da primeira cerca em cantaria de pedra calcária reforçados por sete cubelos de planta quadrangular e mais um torreão destacado pelo lado oeste (torre de menagem) voltado para o Mosteiro.
A leste ergue-se uma torre albarrã entre o recinto interno e a barbacã de planta ovalada reforçada no lado oeste por quatro cubelos (dois de planta semicircular).
A Classificação do Castelo de Alcobaça (ruínas)
O Castelo de Alcobaça (ruínas) encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público no dia 12 de Setembro de 1978.