O Museu do Vinho de Alcobaça é o mais completo Museu do Vinho Português pelas mãos do grande vitivinicultor, José Eduardo Raposo de Magalhães surgiu a Adega do Olival Fechado no final do séc. XIX em Alcobaça.
A adega moderna para o seu tempo e equipada com tecnologia de ponta da época nasceu um Museu Nacional no séc. XX fundado por Manuel Augusto Paixão Marques, delegado da então Junta Nacional do Vinho (JNV).
A modernização operada na década de 40 ficou marcada pela transformação do espaço de adega em depósitos industriais, verticais, de vinhos brancos e tintos e, a partir da década de 60, foram-se criando coleções de grande valor histórico e patrimonial, decorrente do encerramento de alguns dos armazéns da JNV.
A produção de vinhos da marca JEM (José Eduardo Magalhães) deu lugar em meados do séc. XX a uma indústria em larga escala implementada pela recém criada Junta Nacional do vinho.
O legado museológico transparece hoje uma memória bem preservada da modernização operada na década de 40, aquando da aquisição do complexo da quinta do Olival Fechado pela Junta Nacional do vinho aos herdeiros de José Eduardo Raposo de Magalhães, sendo deste período a transformação do espaço de adega em depósitos industriais, verticais de vinhos brancos e tintos, segundo o modelo de Abel Pereira da Fonseca.
Um conjunto de coleções de grande valor histórico e patrimonial foi sendo constituído, a partir da década de 60, decorrente do encerramento de alguns dos armazéns da J.N.V., vindo a resultar no maior e mais completo Museu do Vinho Nacional.
O espólio do Museu conta com um importante acervo de mais de 10.000 peças móveis, de tipologias tão diversas como: enologia, etnologia, tecnologia tradicional, arqueologia industrial, artes gráficas, plásticas e decorativas.
O Museu é apontado pela Câmara como o acervo museológico mais completo do país na temática vitivinícola.
No Museu deu-se um período de encerramento e foi reaberto em 2013 pela Câmara em 2017 que financiou a requalificação do edifício administrativo.
O acervo museológico é o mais completo do país na temática vitivinícola com aspectos da cultura material do vinho de inquestionável valor histórico, científico, industrial e etnográfico que vão do século XVII ao advento do século XXI (Um verdadeiro Museu da Cultura do Vinho).
O edifício será alvo de uma segunda fase de requalificação que terá início em 2022 e ficará concluída em 2023.
A intervenção mais profunda contemplou o edifício composto pela Destilaria e pelo Armazém das Aguardentes beneficiando a ligação entre os dois espaços criando um complexo museológico que terá programação própria aproveitando os quatro andares do edifício industrial.
Na Adega dos Balseiros, outro dos edifícios intervencionados, foram feitas obras de melhoria estrutural, nomeadamente ao nível da cobertura, da fachada e dos acessos.
A adega manterá essencialmente a mesma configuração, mas irá beneficiar de uma renovada capacidade de acolhimento de eventos e exposições, que eram já as principais utilizações daquele espaço.