O Atelier-Museu António Duarte é um museu municipal e está inserido no Centro de Artes, projeto desenvolvido pela autarquia e construído pelo arquiteto Carlos Barbosa.
O Atelier-Museu António Duarte (1912-1998) foi inaugurado em 1985 após doação da colecção de arte do Mestre escultor à sua cidade natal, Caldas da Rainha.
António Duarte Silva Santos (Caldas da Rainha, 31 de janeiro de 1912 — Lisboa, 2 de março de 1998) foi um escultor pertencente à segunda geração de artistas modernistas portugueses.
Na sua vasta obra no domínio da estatuária espalhada por Portugal continental podem destacar-se: Grupos de Cavalos Marinhos (Praça do Império, Belém, Lisboa, 1940); Virgem dos Pastores (Serra da Estrela); e ainda os monumentos a Camilo Castelo Branco (Lisboa, 1949), Diogo Cão (Luanda, 1948), D. Sancho I (1955), D. Pedro I (Cascais, 1965), S. António (Praça de Alvalade, Lisboa, 1972), etc.
Após doação da coleção de arte do Mestre escultor à sua cidade natal, em 1985 foi inaugurado nas Caldas da Rainha o Atelier-Museu António Duarte.
António Duarte foi agraciado com a Ordem Militar de Sant''Iago da Espada-grau de Oficial a 4 de março de 1941 e grau de Comendador a 16 de outubro de 1987.
O seu espólio conta com mais de mil obras entre pinturas, esculturas, desenhos e um grande número de livros sobre artes plásticas e literatura distribuídos pelas diversas salas, encontra-se exposta grande parte da sua produção escultórica desde escultura pública (esbocetos, modelos e maquetas) que constituem a parte mais conhecida da sua obra, a um registo intimista e pessoal, um interessante núcleo de Arte Sacra pela qual o artista era aficionado.
O artista António Duarte pretendia criar um museu com atividade museológica, mas também um espaço para que outros artistas pudessem desenvolver projetos artísticos.
O artista António Duarte recebeu os seguintes prémios: Prémio Mestre Manuel Pereira (1942), Prémio Soares dos Reis ((1944, 1953), Prémio Domingos Sequeira (1952), Medalha de Honra, Exposição Internacional de Bruxelas (1958), foi ainda premiado com o 1º Prémio de escultura na I e II Exposições de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (1957, 1961).
O local sofreu duas remodelações com objetivo de ampliar o espaço existente: a primeira pelo arquiteto Carlos Barbosa e teve como objetivo a construção da Sala de Criação Livre, no piso superior, a implantação dos Serviços Administrativos e a Cafeteria no piso inferior (1990).
A segunda interferência foi no ano de 2001 e foi realizada pela Câmara Municipal de Caldas da Rainha que criou a Sala de Escultura Pública com exposições temporárias, os antigos Serviços Administrativos para Centro de Documentação.
A área expositiva trata-se de uma sala com 61m2 em forma retangular, a iluminação proveniente da luz natural que entra através das janelas, também há iluminação artificial feita com lâmpadas incandescentes.