O Museu de Conimbriga criado em 1962 é exclusivamente dedicado ao sítio arqueológico em que está inserido.
O sítio de Conímbriga, povoado desde tempos pré-históricos, foi ocupado pelas tropas romanas em 139 a. C., tornando-se então a capital da província da Lusitânia.
No governo do Imperador Augusto a cidade cresceu urbanisticamente datando desta época a construção de estruturas fundamentais à vivência do quotidiano: o fórum, o anfiteatro, as termas e uma basílica de três naves edificada no centro da povoação.
A arquitectura doméstica de Conimbriga que se desenvolveu e renovou sobretudo entre os últimos anos do século I e o início do século III notabiliza-se pela edificação de insulae e de sumptuosas domus.
O encanto de Conímbriga reside precisamente nestas casas, que guardam na pedra as memórias do esplendor de outros tempos.
A Casa dos Repuxos possui um belo jardim central que preserva a estrutura hidráulica original com mais de quinhentos repuxos rodeado por um magnífico conjunto de mosaicos figurativos com cenas de caça, passagens mitológicas, as estações do ano, monstros, aves e animais marinhos.
As grandes casas como a de Cantaber a maior da cidade, a da Cruz Suástica com os seus mosaicos geométricos, a do Tridente e da Espada ou a dos Esqueletos transitem por entre os edifícios de rendimento que se organizam em volta destas.
O visitante que sobe as bancadas e os túneis do anfiteatro percorre as três termas espalhadas pela urbe, e ao pisar os mosaicos do fórum imagine-se no centro político desta florescente cidade de outros tempos.
Uma visita ao Museu através de objectos encontrados ao longo dos muitos anos de escavações, os vários espaços evocam a vida quotidiana da antiga cidade romana, a vivência da religião, a arquitectura das casas nobres e a sua decoração e a vida no forum.
A crise do Império Romano e as invasões bárbaras conduziram gradualmente à sua decadência e definitivo abandono por volta do século VIII recorda os tempos de insegurança que serviram de pano de fundo à lenda da princesa Peralta.
As ruínas de Conimbriga permitem um olhar único sobre uma cidade que foi construída há mais de dois mil anos nos limites do Império Romano, na segunda metade do século I a.C. quando os romanos chegaram a Conimbriga era já um povoado florescente.
A cidade prosperou sob a influência da romanização dotando-se de novos espaços públicos, infraestruturas e magníficas residências.
As ruínas estão disponíveis ao grande público desde 1930, na sequência de uma série de trabalhos de escavações e investigações arqueológicas iniciados ainda no final do século XIX.
As escavações arqueológicas puseram a descoberto uma parte muito significativa do traçado desta cidade sendo hoje possível observar: a organização do espaço urbano: fórum, aqueduto, basílica, termas e anfiteatro, bairros de comércio, oficinas e habitações entrecortados por uma muralha.
A sua coleção permanente ilustra a evolução histórica do lugar, contemplando os vários
aspetos da vida quotidiana da cidade.
A sua colecção é diversificada e materializa a evolução histórica do lugar entre finais do segundo milénio antes de Cristo e o séc. VI da era cristã.
Os objectos expostos foram encontrados durante as escavações com grandes interrupções que se realizaram desde 1898 distribuídos por 31 temas distintos que ilustram a vitalidade desta cidade.