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Centro Interpretativo e de Apoio aos Visitantes

Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Localiza-se no Bairro dos Pescadores, Arquipélago das Berlengas, freguesia de São Pedro, concelho de Peniche, Distrito de Leiria, Centro de Portugal
 
O centro apresenta um espaço amplo que funciona como um centro expositivo, com alguma flexibilidade em termos de uso e que permite a visitação e a permanência de várias pessoas em simultâneo numa área disponível de 17,55 m2.

A metodologia construtiva simples procurou que o espaço respondesse às premissas da durabilidade e manutenção necessárias tendo em conta as condições adversas do local onde está inserido.

O novo espaço está equipado com meios audiovisuais e painéis informativos permitindo aos visitantes da ilha ficarem a conhecer melhor o Arquipélago e o projeto LIFE Berlengas.

O centro foi inaugurado no dia 31 de julho de 2015 pelo que atualmente a Berlenga dispõe de um novo espaço expositivo de caráter flexível e dinâmico com uma imagem formal e minimalista, em que os conteúdos informativos e audiovisuais são os protagonistas em termos de percepção visual.

O LIFE Berlengas vai contribuir para a gestão sustentável da Zona de Proteção Especial (ZPE) das Berlengas com o objetivo de conservar os seus habitats, plantas endémicas e populações de aves marinhas.

O projeto pretende compreender as principais ameaças que afetam os valores naturais das Berlengas em terra e no mar, definir estratégias para as minimizar e erradicar, promover a utilização sustentável da ZPE das Berlengas focando em três atividades chave: a pesca, atividades recreativas e turismo.

O sector das pescas tem marcado profundamente o concelho de Peniche, ao longo de séculos de história de uma população que viu nas pescas um importante recurso económico.

A gaivota-de-patas amarelas frequentam locais: ETARs, aterros sanitários, zonas urbanas, lagoas costeiras, albufeiras, restolhos de arrozais alagados e grandes rios onde encontra alimento facilmente.

A gaivota-d’asa-escura nidifica regularmente na ilha da Berlenga, embora em números muito reduzidos, a colónia dever-se-á ter estabelecido nos anos 1980 e conta com cerca de 30 casais, não existem ameaças relevantes às suas populações no nosso país, mas pode ser capturada acidentalmente em artes de pesca (redes e palangre).

A maioria das gaivotas alimenta-se principalmente no mar, repousa em praias, portos de pesca ou zonas estuarinas.

O golfinho-comum é pequeno, de corpo esguio com bico proeminente e barbatana dorsal alta e falciforme, os indivíduos desta espécie têm uma coloração negra no dorso formando um bico invertido ao nível da barbatana dorsal.

O ventre tem coloração branca e quando adultos, os machos são ligeiramente maiores do que as fêmeas, podendo medir até 2,3 m de comprimento e pesar mais de 100 kg.

O golfinho-comum é o cetáceo mais abundante ao longo da costa portuguesa e pode ser encontrado muito próximo de costa em águas mais oceânicas, mas é mais comum em locais com profundidades de cerca de 100 m.

As águas ao largo de Peniche e Nazaré e em torno das Berlengas são locais privilegiados para observar o golfinho-comum está relacionado com a elevada abundância de sardinha nestas águas que constituem a sua presa favorita.

Nestas águas existem registos de golfinhos-comuns em grandes grupos de machos e fêmeas adultas e crias envolvendo observações de todas as atividades dos seus ciclos de vida como procura de alimento, interação social entre os membros do grupo, deslocações entre áreas de alimentação e até acasalamento.

Os golfinhos-comuns acompanham frequentemente as embarcações têm comportamentos aéreos frequentes, o que ocasiona fantásticas observações.

Nas Berlengas existem várias espécies de pargos e estes são também dos peixes mais procurados pelos pescadores desportivos que se desenvolvem ao longo de todo o ano na Reserva.

O pargo frequenta fundos rochosos e arenosos, desde a costa até cerca de 250 metros de profundidade, sendo a sua presença frequente até aos 100 metros e alimenta-se de marisco assim como de outros peixes.

Nas Berlengas podem-se encontrar várias espécies de lapas que povoam as áreas rochosas interditas como a lapa-comum Patella vulgata ou a falsa-lapa Siphonaria pectinata.

As grutas marinhas são habitats com um grande interesse e valor ecológico e geológico porque são ambientes muito específicos em termos de produção marinha constituindo valiosos refúgios para várias espécies de peixe que as usam como berçário (o congro) e para muitos invertebrados marinhos.

No arquipélago das Berlengas existem várias grutas marinhas muito interessantes para a biodiversidade marinha, nestas grutas a luz é reduzida, com poucas algas e plantas mas estas grutas são autênticos refúgios de fauna com muitas espécies de invertebrados (gorgónias) e tunicados a cobrir as suas paredes.

A beleza única destas grutas como a gruta da Baía da Cova-do-sono na ilha da Berlenga, a gruta do rabo-de-asno nos Farilhões são dois hot-spots de mergulho muito procurados pelos mergulhadores.