Estrada Romana de Alqueidão da Serra

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Localizam-se na freguesia de Alqueidão da Serra, Vila de Porto de Mós, Distrito de Leiria, Centro de Portugal.
 
A Estrada Romana de Alqueidão da Serra foi criada para facilitar o escoamento de ferro extraído nos Viveiros da Figueirinha e Zambujal e vai até Tomar pelos Bouceiros.

No local permanece até hoje o traçado da estrada Romana de Carreirancha e foi este o caminho que conduziu Nuno Álvares Pereira ao Campo Militar na véspera da Batalha de Aljubarrota em 14 de agosto de 1385, a estrada tem 100 m de comprimento e 4 m de largura máxima e foi construída entre os séculos I a.C. e I d.C.

Na freguesia de Alqueidão da Serra permanece até aos nossos dias o traçado da Estrada Romana da Carreirancha e foi este o caminho que conduziu Nuno Álvares Pereira ao Campo Militar de S. Jorge na véspera da Batalha de Aljubarrota a 14 de Agosto de 1385.

A estrada, com 100 metros de comprimento e quatro metros de largura máxima terá sido construída entre os séculos I a.C. e I d.C. concebida para facilitar o escoamento de ferro explorado nos Viveiros, na Figueirinha e Zambujal, o caminho deveria seguir para Tomar, via Bouceiros que por sua vez faria a ligação às Paredes da Vitória, em Alcobaça, a Collipo, em Leiria, e a Conímbriga perto de Coimbra.

Ao longo das bermas podemos contemplar uma paisagem peculiar causada pelos blocos de pedra espaçados regularmente e pelos muros de suporte nas zonas de terreno desnivelado.

A estrada foi usada pelas diferentes civilizações desde a Idade Média à Idade Moderna, mas sabe-se que foi quase totalmente destruída no início da primeira República e até há pouco tempo existia outro troço a cerca de 50 metros desta via que terminava em Cortinas, Porto de Mós.

O troço de via romana em Alqueidão da Serra ligada à antiga rede viária romana suscitou o ordenamento territorial da estratégia sobre as regiões que foi conquistando.

A presença romana nas regiões actualmente definidas pelas fronteiras físicas portuguesas caracterizou-se pela implementação de uma política administrativa apoiada em duas grandes pedras basilares: na definição de unidades político-administrativas, no traçado de vias absolutamente essenciais às ligações permanentes entre os principais aglomerados populacionais que se renovam à medida das exigências e das alterações produzidas no centro do Império.

A primeira trave assentou essencialmente na definição territorial de civitates, as mais vulgares unidades político-administrativas romanas aproximadas no que à área abrangida se referia aos actuais distritos centralizadas em torno de uma capital, à qual se subordinavam outras unidades urbanas e a respectiva população rural.

Um regime que exigia um sistema viário bem estruturado essencial à circulação de bens e pessoas designadamente das entidades às quais competia manter a ordem nos territórios conquistados situado numa zona de acentuado declive e com bom domínio visual sobre o território envolvente, o Troço de Via Romana em Alqueidão da Serra remanescente não possuirá mais do que cem metros de extensão e quatro de largura mas alguns carreiros actualmente visíveis nas imediações perfazem pequenos troços da primitiva via.

A estrada Romana de Alqueidão da Serra foi construída entre os séculos I a. C. e I d. C. e o troço em questão pertence à via que unia as localidades de Scallabis (Santarém) e Collipo (Leiria) dois importantes pólos administrativos vigentes em plena Antiguidade romana.

O objectivo do seu lançamento seria mais abrangente ligando Sellium (Tomar) ao porto de Paredes de Vitória (no concelho de Alcobaça) e Conimbriga (Coimbra).

Os aglomerados populacionais de carácter secundário emergiram ao longo destas vias a realidade populacional e relacional preexistente.

Uma situação que poderá ser facilmente comprovada em epígrafe pela recolha ao longo da via de vários vestígios (designadamente cerâmicos) romanos e escórias resultantes de actividades metalúrgicas,o transporte do minério de ferro intensamente explorado na região pelos romanos.

A pertinência do traçado então levado a efeito seria confirmado ao longo dos séculos seguintes nomeadamente em plena Idade Média em que se executaram alguns restauros pontuais.

Os vários locais são visíveis em pequenos troços de estrada romana mas atualmente transformados em carreiros.