As Lagoas do Arrimal rodeadas pela natureza, as águas criam uma paisagem interessante onde se pode encontrar Três lagoas na Freguesia do Arrimal e as lagoas resultam da formação de pequenas depressões superficiais que deixam acumular as águas pluviais.
Ao longo da sua extensão e por toda a rua principal da freguesia encontram-se pequenos poços em pedra calcária.
A Grande Lagoa situa-se junto ao Arrabal e reúne fluxos aquáticos provenientes de Vale de Espinho.
A Pequena Lagoa localiza-se perto do Rossio e reúne águas cheias de Mendiga e na Portela de Vale de Espinho onde se encontra a terceira lagoa.
A lagoa grande e a pequena do Arrimal são depressões naturais do tipo dolina num enquadramento paisagístico de elevada beleza.
As lagoas reúnem uma fauna peculiar que inclui a galinha-d’água, o mergulhão pequeno, o sapo comum, a rã-verde e a cobra-de-água e a população local tira proveito desta junção de águas à superfície para a rega e usos domésticos.
Os seus fundos encontram-se naturalmente impermeabilizados com argilas e outros sedimentos permitindo alguma acumulação de água da chuva.
A lagoa Grande aproveita a água da escorrência do Vale de Espinho, enquanto a lagoa Pequena, situada junto ao rossio da povoação do Arrimal, num recanto da designada depressão da Mendiga, recolhe as águas da sua própria bacia.
A área do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros devido ao meio cársico a água superficial é escassa pois a circulação ocorre em profundidade.
As lagoas assumem grande importância, pelo que os seus fundos foram impermeabilizados artificialmente para assegurar a presença de água durante todo o ano.
As lagoas são utilizadas pelas populações do Arrimal, Arrabal, Mendiga e Alqueidão como bebedouros para o gado, para rega e usos domésticos, constituindo pequenos oásis neste reino da pedra.
Nas épocas do ano sem precipitação, é possível observar um manto verde de lentilha-d''''''''''''''''água (Lemna minor), a cobrir o espelho de água da lagoa, sinal da presença excessiva de matéria orgânica nestas águas.
Nas margens, a tabúa (Typha latifolia) pelo porte e aspecto de charuto das suas inflorescências evidencia-se um conjunto de plantas características das zonas húmidas.
A rã-verde (Rana perezi), a salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra), a cobra-d’água-viperina (Natrix maura), a galinha-de-água (Gallinula chloropus) e o mergulhão-pequeno (Tachybaptus ruficollis) são as espécies mais comuns nas lagoas.
O facto de armazenarem água durante praticamente todo o ano, torna-as importantes para os anfíbios que dependem de zonas com água principalmente para o seu desenvolvimento larvar.
As lagoas são enriquecidas pela presença próxima do Carvalho-negral que é uma espécie vegetal rara na região.
Os poços em volta das lagoas e ao longo da Rua Principal da povoação do Arrimal são belos exemplares arquitetónicos construídos em calcário mas desconhece-se a idade da presença de água em lençóis freáticos mais próximos da superfície.
Na Lagoa Pequena saem dois percursos pedestres, nomeadamente o PR1 PMS - Serra da Lua e o PR2 (PMS) Arco da Memória, pelo que aproveite para conhecer melhor a região.