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Localiza-se na freguesia de Friestas, concelho de Valença, Norte de Portugal
História do Mosteiro de Sanfins
O Mosteiro de Sanfins (séculos VII / XIII) é um dos mais notáveis exemplos do românico em Portugal como monumento nacional desde 1910.
O Mosteiro de Sanfins foi a cabeça do antigo Couto Monástico de Sanfins e que durou até 1834.
A sua importância mereceu várias cartas régias de privilégios e o antigo cenóbio e a cerca da quinta proporcionam uma viagem no tempo num espaço natural único e as primeiras edificações apontam-se para a data de 604 DC.
O Mosteiro de Sanfins apresenta características do chamado românico do Alto Minho e influência galega e destaca-se na paisagem onde se insere envolvido por uma mata de carvalhos a 200 metros de altitude com amplas vistas sobre o vale do rio Minho.
A Igreja românica remonta ao ano de 604 depois de Cristo com alterações posteriores.
A norte e a nascente da igreja e em volta de um pátio subsistem as ruínas do mosteiro beneditino de dois pisos e um aqueduto e pequenos anexos.
No primeiro nível subsistem arcadas lavradas em granito e alguns interiores com abóbadas e parte do pequeno claustro tem características do séc. XVI e o segundo nível apresenta já características setecentistas.
No Mosteiro viveu durante algum tempo São Francisco de Borja (1510-1572) da Companhia de Jesus.
A igreja de São Fins de Friestas é um dos monumentos românicos mais importantes e um daqueles em que se evidencia de forma mais clara a longa duração da influência galega que na vertente esquerda do rio Minho se prolongou mesmo para cá da viragem para o século XIII.
A existência de um narthex adossado à fachada principal de pelo menos dois andares e de carácter funerário levou Manuel Luís Real a colocar a hipótese de o mosteiro ter sido dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho instituição que patrocinou um modelo específico de arquitectura e de espaço religioso no século XII.
Neste espaço encontrava-se uma inscrição que continha o ano de 1221 data que tem vindo a ser interpretada como elemento alusivo ao final da campanha de obras.
Se o início de laboração do estaleiro tem sido difícil de estabelecer embora as opiniões mais consensuais apontem para os finais do século XII.
Características do Mosteiro de Sanfins
A igreja de Sanfins permanece fiel ao chamado Românico do Alto Minho e à influência galega.
A igreja de Sanfins de nave única desproporcionalmente alta que realça a monumentalidade cenográfica do conjunto em detrimento da sua real espacialidade.
A capela-mor compõe-se de dois tramos sendo o primeiro recto e o segundo semicircular numa disposição que Ferreira de Almeida considerou ser uma evolução da cabeceira de Ganfei.
Na capela-mor que se concentra a exuberante decoração escultórica que constitui uma outra prova da tardia realização desta obra, na medida em que evidencia um superior gosto pela imagem humana e pelos temas figurativos, ao contrário do vizinho templo de Ganfei (cujas obras terminaram no momento em que se iniciavam as de Friestas) onde o vegetalismo da decoração é preponderante.
Ao lado da igreja românica desenvolveu-se um conjunto monacal que foi substancialmente reformado na época moderna.
As dependências conventuais conservam-se em grande medida, a sua cerca, parte de um claustro quinhentista e seções importantes do aqueduto que abastecia o "cenóbio".
No século XX, os restauradores da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais atuaram apenas sobre a igreja e demoliram o narthex e outros espaços anexos, ampliou toda a envolvente ocidental por forma a garantir maior monumentalidade à igreja.
O complexo monástico manteve-se inalterado e aguarda ainda por um estudo cuidado e por um projecto de valorização.
Classificação do Mosteiro de Sanfins
O Mosteiro de Sanfins em Valença está classificado como monumento nacional desde 1910.