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Catedral de Santa Maria de Viseu

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Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Localiza-se no Adro Sé, cidade de Viseu, no centro de Portugal
 
História da Sé de Viseu
 
A Sé ou Catedral de Viseu começou a ganhar forma no século XII, em pleno reinado de D. Afonso Henriques, impulsionada pelo bispo D. Odório.

Inicia-se a construção de uma catedral no estilo românico apesar de restar muito pouco desta edificação, alguns autores classificaram um capitel vegetalista datável dos finais do século XII, um portal lateral (a Sul) do século seguinte que dá hoje acesso ao claustro como sendo elementos prováveis do edifício original.

O local onde foi implantada a Sé de Viseu na Baixa Idade Média foi alvo de escavações conduzidas por Inês Vaz junto ao Paço episcopal que revelariam um primitivo templo de tripla abside, datável da época suevo-visigótica.

No Reconquista terão existido neste lugar dois edifícios episcopais destacando-se o do século X altura em que Viseu era considerada a capital do território entre Mondego-e-Douro.

No reinado de D. Dinis, tendo a cidade atingido um período áureo procede-se a uma renovação profunda do edifício no século XIII sob a alçada do bispo D. Egas.

A crise de 1383-1385 parou as obras e sob a alçada do novo bispo D. João Vicente as obras durariam ainda por muitos anos.

No período manuelino, a Sé viseense viria a absorver intervenções de grande qualidade estética como as típicas abóbadas das naves e foi obra do bispo D. Diogo Ortiz de Vilhegas e durou uma década sob a alçada do arquitecto João de Castilho.

Na Idade Moderna sucederam-se novas obras na Sé concluídas rapidamente e no ano de 1635 ruiu uma das torres medievais arrastando consigo o portal manuelino e a reconstrução da fachada foi bastante limitada influenciada por uma considerável contenção de despesas.

O barroco trouxe a este edifício ricas obras de talha, azulejo e pintura, retábulo-mor (de concepção atribuída a Santos Pacheco), os painéis em azulejo do claustro e a casa do cabido são exemplos perfeitos que revelam como a Sé de Viseu se conseguiu manter actualizada durante as correntes estéticas dominantes do século XVIII.
Características da Sé de Viseu
 
As grandes torres que lhe dão um aspecto de igreja fortificada implantada num promontório é um ponto de referência da cidade mesmo quando vista à distância e é um dos edifícios mais antigos.

A Sé de Viseu foi implantada no local onde existira um templo primitivo da época suevo-visigótica cuja estrutura foi recentemente revelada por escavações arqueológicas.

A Sé de Viseu começou a ganhar forma no século XII com o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e sofreu uma profunda renovação no século XIII durante o reinado de D. Dinis e as obras prolongaram-se por muitos anos e o conjunto integrou elementos de diversas épocas.

A presente fachada maneirista foi erigida em meados do séc. XVII em substituição de uma outra renascentista que ruiu em 1635 e destruiu o portal manuelino entretanto construído.

A fachada apresenta seis nichos com esculturas de pedra e no topo está representada Santa Maria da Assunção que é a padroeira da Catedral e na parte de baixo ao centro destaca-se a imagem de São Teotónio, homem de muitas virtudes que foi Prior da Catedral entre 1112 e 1119 e é o patrono da cidade de Viseu.

Nos nichos laterais estão representados os quatro evangelistas com os seus símbolos: São Marcos, São Lucas, São João e São Mateus.

No interior destaca-se a abóbada onde as nervuras em forma de cruz foram esculpidas na pedra como se fossem uma grossa corda com um nó a meio atributos náuticos do estilo manuelino que conferem ao conjunto uma fina elegância.

Os fechos das abóbadas são rematados por florões em pedra de Ançã que ostentam as divisas de reis e brasões de bispos.

A capela-mor modificada no séc. XVIII outrora decorada com o belíssimo retábulo de Vasco Fernandes (Grão Vasco) que representava cenas da vida de Cristo e se encontra agora guardado no Museu Grão Vasco.

O retábulo atual é uma obra barroca que revela o gosto em voga no tempo de D. João V é da autoria de Francisco Machado e o elegante cadeiral do séc. XVIII é em madeira de jacarandá vindo do Brasil entalhada e dourada.

Na lateral um corredor revestido de azulejos do séc. XVIII dá acesso à sacristia edificada em 1574 e enriquecida com pinturas no teto de madeira tendo ao centro o escudo do bispo D. Jorge de Ataíde que foi o mentor desta construção.

As paredes da sacristia estão totalmente cobertas com azulejos policromos do século XVII, o claustro com acesso pela igreja foi mandado construir pelo bispo D. Miguel da Silva (um dos introdutores do Renascimento em Portugal e protetor do pintor Grão Vasco).

O Tesouro-Museu da Catedral alberga dois cofres-relicários do século XIII da Escola de Limoges e uma custódia que pertenceu a D. Miguel da Silva.